domingo, 30 de outubro de 2011

O maior no Senhor é aquele que serve

Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve”. 
Mateus 23.11


     O Evangelho desse quadragésimo quarto domingo do ano (31º domingo do tempo comum), vai falar sobre dois grupos religioso da época de Jesus, que eram muito respeitado entre povo, conhecido como os Mestres da Lei e os Fariseus, que o ensinamento de Jesus nesta mensagem sirva de alerta para a nossa vida diária, pois não adianta apenas, ler, meditar e ensinar os outros, sem antes aprender a praticar cada mandamento do Senhor.
     O que os Mestres e Fariseus faziam que o Jesus repreendeu eles e seus atos diários; esses homens eram conhecidos também pelo povo como os guardadores da lei, o que isso significa? Qualquer consulta em relação as sagradas escrituras todos se achegavam a eles, embora eram conhecedores e também quem ensinavam ao povo, vale lembrar que na repreensão de Cristo a eles foi porque eles apenas ensinavam, demonstravam a ponto que chamava demais atenção onde quer que eles se reunissem, ainda usavam vestimentas longas, amavam serem cumprimentado pelo povo, sentido se grande, superior aos demais, amavam sentar nas primeiras filas, isso quer dizer que eles se exaltavam perante toda a classe, julgando serem santos. Essa mensagem nos leva a refletir em como estar a nossa vida diante da sociedade que nos cerca, será que estamos imitando esses fariseus e mestres? Achando que o fato de íamos a uma igreja duas ou três vezes na semana, somos mais santo que eles. O fato de abrir os lábios e ensinar a palavra de Deus julgamos ser maiores, melhores que os ateus e incrédulos, será que somos melhores mesmo?
     È importante cada cristão saber que o maior entre todos, será sempre aquele que serve, ou seja, que estar sempre na condição de servir o seu próximo, de estar cooperando na divulgação do Evangelho, você sabe o que é servir?  Qual é a condição de um servo diante do seu senhor, ele estar ali pra servir em todo o tempo, então como cristão servimos a Jesus através do nosso próximo, realizando todo serviço como amor e plena lealdade a Ele, sempre na condição daquele que se humilha diante do seu Deus, sabendo que não somos nós que curamos, que libertamos, que falamos, mas sim em toda obra Cristo reina, age por nosso intermédio, então que toda exaltação seja unicamente Dele.
     A liturgia deste domingo nos convida a refletir sobre nossa vida diária em Cristo diante da sociedade, não se julgue maior que ninguém, esteja sempre no serviço Daquele que te chamou; portanto que você continue firme e que cresça cada dia mais na graça, que a sabedoria de Deus encha sua vida, que Cristo cresça em ti, que seja um verdadeiro servo que está sempre a disposição do seu Senhor, com toda humildade e com o seu coração repleto de amor, que sacie o mundo com o conhecimento que Ele derramou sobre sua vida, que esteja sempre aos pés Dele, buscando-o de todo o seu coração.

(Mateus 23. 1-12)


A caridade cristã

"Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.
(Mateus 22.40)

     O Evangelho desse quadragésimo terceiro domingo do ano (30º domingo do tempo comum),  nos  leva a uma profunda reflexão  sobre o amor a Deus  e ao nosso próximo, “Do amor a Deus e ao próximo dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22,40). É a conclusão a qual Jesus quer que todos nós cheguemos no nosso dia a dia. Com esta afirmação, Jesus estabelece um vínculo entre dois amores. Desconhecer este fato pode levar a graves deformações que abalam o equilíbrio interno da fé e, consequentemente, nos leva à morte.
     É fundamental que todos nós valorizemos as exigências do amor fraterno, procurando agir motivados pelo amor divino porque, se Deus não ocupar o lugar que lhe compete em nossa vida, até a caridade para com o próximo tende a se degradar e o caos se torna maior.
    No Evangelho, Jesus retoma e comenta a essência da Lei. Após enfrentar a armadilha dos fariseus – através dos herodianos – sobre o imposto e a investida dos saduceus sobre a ressurreição, Jesus é colocado à prova por um dos fariseus sobre o maior mandamento da Lei. Jesus responde à questão servindo-se em parte da versão deuteronômica: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento(cf. Dt 6,5). Embora só fosse interrogado sobre o maior mandamento, Jesus acrescenta o segundo, servindo-se da versão do Levítico: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (cf. Lv 19,18). E então segue-se a assertiva: “Desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.
    Embora a mentalidade ocidental tenha a tendência de privilegiar o papel da razão quanto ao conhecimento – mesmo o do amor – não faltam referências à compreensão como ato produzido pela experiência. Nesse sentido, a vivência torna-se também meio de conhecer, indo ao encontro daquilo que Jesus indica a respeito do amor a Deus.
    Não se trata apenas de compreensão racional ou entendimento mental, mas do conhecimento da fé, que, sendo entre outras coisas a experiência de ser amado por Deus, provoca a resposta humana do amor. Tal amor não exclui a inteligência das verdades reveladas e do próprio Deus, antes impulsiona a compreensão, através do estudo da fé. Sob este aspecto, a expressão ninguém ama o que não conhece, se for aplicada ao conhecimento humano sobre Deus, indica tanto a experiência quanto a intelecção da fé.
     É sugestivo que Jesus acrescente o segundo mandamento – mesmo que o fariseu só se tenha interessado pelo maior mandamento – para afirmar a semelhança do amor ao próximo ao amor a Deus e acentuar que desses dois amores dependem toda a Lei e os Profetas.
     Qual deve ser o parâmetro do amor entre nós? Jesus diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. No contexto da Lei Antiga o “a ti mesmo” aproxima o apreço que cada um tem por si, inclusive como membro do Povo de Deus, ao apreço que se deve ter pelo semelhante respeitado por ser também membro do Povo, e, como tal, sujeito não só de deveres, mas também de direitos iguais (Lv 19,11-18).
Outras vezes, o “a ti mesmo” refere-se ao apreço pelo outro que, mesmo sendo estrangeiro, é visto como semelhante ao israelita na situação de exílio já superada. Em ambos os casos, o apreço pelo semelhante supõe o amor a si mesmo e a experiência do amor de Deus, expresso na repetição: “Eu sou Iahweh vosso Deus” (Lv 19,10.14.16.18.32) e no incisivo: “Eu sou Iahweh, vosso Deus que vos fez sair da terra do Egito” (Lv 19,36).
     Também na Nova Lei, Jesus aproxima o amor que cada um tem por si mesmo ao amor do outro, através da regra: “Tudo aquilo que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas” (cf. Lc 6,31). Fazendo depender a Lei e os Profetas do amor a Deus e do amor ao próximo como a si mesmo, Jesus compõe a armadura ou o fundamento da religião. A supressão de um desses amores faz desmoronar todo o edifício.
    Os fiéis de Cristo que não se preocupam em ser testemunhas visíveis do amor do Pai, pelo serviço aos irmãos, fazem com que seu testemunho perca o centro de todo o seu agir.Aliás, é na mútua articulação entre o amor a Deus e ao próximo que reside a diferença entre a caridade cristã e a filantropia. O amor a Deus se visibiliza no amor ao próximo e o próprio Deus ama seus filhos através dos irmãos que se reúnem e se encontram. Desta maneira, é o amor de Deus que possibilita o encontro sacramental do divino no humano, especialmente mediante a pessoa do pobre. Por isso, a própria luta em prol da justiça e a promoção social dos empobrecidos, são para o cristão motivado pelo amor a Deus, e devem assim permanecer, a fim de não se descaracterizarem em atitudes que a própria Moral cristã condena como a violência ou a vingança.
Portanto, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo!”


(Mateus 22.34-40)


Padre Bantu Mendonça

domingo, 16 de outubro de 2011

Eu olho a Ti...

Ensina-me

É no amor que cada pessoa humana dá a Deus aquilo que é de Deus e a César o que é de César.

"Eles responderam: De César". 
Jesus então lhes disse: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. 
Mateus 22.21)


  O Evangelho desse quadragésimo segundo domingo do ano (29º domingo do tempo comum), convida-nos a refletir acerca da forma como devemos equacionar a relação entre as realidades de Deus e as realidades do mundo. Diz-nos que Deus é a nossa prioridade e que é a Ele que devemos subordinar toda a nossa existência; mas avisa-nos também que Deus nos convoca a um compromisso efetivo com a construção do mundo.

     Confrontado com a questão, Jesus convidou os seus interlocutores a mostrar a moeda do imposto e a reconhecerem a imagem gravada na moeda (a imagem de César). Depois, Jesus concluiu: “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22.21). O que é que esta afirmação significa? Significa uma espécie de repartição equitativa das obrigações do homem entre o poder político e o poder religioso? Provavelmente, Jesus quis sugerir que o homem não pode nem deve alhear-se das suas obrigações para com a comunidade em que está integrado. Em qualquer circunstância, ele deve ser um cidadão exemplar e contribuir para o bem comum. A isso, chama-se “dar a César o que é de César”. No entanto, o que é mais importante é que o homem reconheça a Deus como o seu único Senhor.
      As moedas romanas têm a imagem de César: que sejam dadas a César. O homem, no entanto, não tem inscrita em si próprio a imagem de César, mas sim a imagem de Deus, “Deus disse: ‘façamos o homem à nossa imagem, à nossa semelhança’ (Gênesis 1.26), Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus” (Genesis 1.27), portanto, o homem pertence somente a Deus, deve entregar-se a Deus e reconhecê-lo como o seu único Senhor.
     Jesus vai muito além da questão que lhe puseram… Recusa-se a entrar num debate de caráter político e coloca a questão a um nível mais profundo e mais exigente. Na abordagem de Jesus, a questão deixa de ser uma simples discussão acerca do pagamento ou do não pagamento de um imposto, para se tornar um apelo a que o homem reconheça Deus como o seu Senhor e realize a sua vocação essencial de entrega a Deus (ele foi criado por Deus, pertence a Deus e transporta consigo a imagem do seu Senhor e seu Criador). Jesus não está preocupado, sequer, em afirmar que o homem deve repartir equitativamente as suas obrigações entre o poder político e o poder religioso; mas está, sobretudo, preocupado em deixar claro que o homem só pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas mãos de Deus. Tudo o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão ao poder político.

(Mateus 22. 15-21)

Http://jesuitasbrasil.blogspot.com/2008/10/evangelho-dominical-mt-2215-21.html
   

      

Cristo nos convida para o banquete, venha!


Portanto, ide até às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes”.

(Mateus 22.9)


      O Evangelho desse quadragésimo primeiro domingo do ano (28º domingo do tempo comum), Jesus aqui nos conta uma parábola um pouco enigmática: um rei tem uma festa de casamento preparada para as núpcias do seu filho. Então, envia seus servos para convidar as pessoas para o casamento. No entanto, aqueles que foram convidados não aceitam o convite e matam os servos do rei. Acontece, assim, uma grande chacina, pois o rei – vingativo – ordena que aqueles ingratos sejam executados. Abre-se esta visão das pessoas que são trazidas das encruzilhadas para encher a sala do banquete.

       Em todo o ministério de Jesus, podemos observar que Ele buscava todos que estavam a beira do caminho, aqueles que se encontravam caído pelo pecado, pela dor, pelas doenças e procurava com seu amor atraí-los, curavam suas dores, perdoava sem pecados, enchiam a vida deles de luz, paz e fé. O banquete já estar pronto, Cristo aguarda sua noiva, sabemos que esta noiva refere a Igreja do Senhor que estar espalhada sobre os 4 canto da terra, Ele já nos espera, mas deseja que levamos multidão conosco, sempre foi o desejo Dele de que onde esteja, nós também estejamos, esse nós significa claramente uma enorme multidão de pessoas, mas para que elas possam particular deste banquete nupcial é preciso que seguimos exemplo do Mestre, de procurar todos que estão caídos nas encruzilhadas, este amor que move nossa vida trará a verdadeira paz para estes que jazem caídos, sem esperança, sem paz, sem amor; Cristo confiou a cada um a sublime missão de resgatá-lo com seu amor e atraí-las para Ele, pois continua sendo o mesmo que cura, liberta e ama a todos.

     Com essa parábola das núpcias do Filho de Deus, o que podemos extrair de ensinamento para nossas vidas?  Deus nos chama para uma íntima união com Ele. Precisamos nos preparar para isto. Simbolizando esta preparação, vemos a veste nupcial que cada um de nós precisamos ter. Precisamos nos revestir desta veste, precisamos mudar de atitude. Mudar de vida para nos prepararmos ante esta união íntima com o Esposo, que é Cristo. A Igreja inteira, todos nós – membros do Corpo de Cristo – iremos nos unir a Jesus. E será neste momento que acontecerá a festa. Acontecerá a realidade prometida por Deus desde toda a eternidade. Somos chamados a esta união. Em Jesus, a união entre Deus e a humanidade já aconteceu de forma perfeita, porque Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Em Jesus acontece este matrimônio. Mas é necessário que recebamos o Espírito Santo e sejamos unidos ao Corpo de Cristo. Como membros deste Corpo, que é a Igreja, então estaremos também neste matrimônio, nesta realidade de união com o Cristo cabeça.
     Deveríamos ter pressa em convidar tantas e tantas pessoas para que venham participar deste banquete aberto a todos. É preciso convidar a todos. E descobrir, ali – nesta união – a grande alegria de ser filho de Deus. Descobrir esta missionariedade de quem sabe: “Estou unido ao Esposo Jesus. Quero que outros também se unam a Ele.”


(Mateus 22.1-14)

OBS: Parte desta mensagem está presente no link :
 http://blog.cancaonova.com/homilia/2011/10/16/

domingo, 2 de outubro de 2011

A parábola dos maus vinhateiros

‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular;
                                                                                           ( Mateus 21, 42)

Estamos no quadragésimo domingo do ano (27º domingo do tempo comum) e hoje temos a apresentar uma das parábolas que Jesus pregava aos seus discípulos: A parábola dos maus vinhateiros, essa parábola apresenta uma responsabilidade deixada aos vinhateiros até que o proprietário da plantação retornasse de viagem, enquanto o proprietário viajava chegou o tempo da colheita, e os vinhateiros executaram todos os empregados e inclusive o filho do proprietário para poder ficar com a herança.  Os discípulos que escutaram de Jesus esta parábola, nessa situação mandaria matar todos os vinhateiros e em sua sabedoria Jesus os repreendem: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?’
Somos humanos e com defeitos, mas se somos cristãos sabemos que somos vinhateiros e que estamos aqui para trabalhar na vinha do Senhor, tudo é Dele e os frutos do nosso trabalho também! A parábola nos ensina que nada se resolve na base da violência, a justiça de Deus é a sábia, o que resta a esses vinhateiros? Se eles são maus serão substituídos por bons vinhateiros. Temos a missão de preparar frutos bons para a colheita do Senhor. Mas para colhermos frutos bons, precisamos ser bons! Ser bom filho, bom amigo, bom estudante, bom missionário... ser alegres, educados, prudentes, corajosos!
Cristo precisa ser a base de tudo na vida do cristão porque se assim não for, corremos o risco de nos tornarmos arrogante, preguiçosos, desanimados... acabamos nos tornando maus vinhateiros. Dia a dia, precisamos encarar a missão para gerar bons frutos e fazer do dia da colheita um dia de festa e rejubilo. 

(Mateus 21,33-43)