sábado, 31 de dezembro de 2011

2011 - Um ano de constante sabedoria

"Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco". 

(1Tessalonicenses 5.18)

Ano de 2011, o ano que foi o auge da ideia em investir em algo que fosse capaz de partilhar mensagens de sabedoria e entendimento, capazes de orientar e aconselhar aos nossos leitores a maravilha do dom da vida.
É neste momento que deixo fluir novos planos para 2012 e que enche-me de gratidão diante dessa conquista de escrever para pessoas tão especiais como os nossos leitores.
Um momento de gratidão e jubilo a Deus e a você querido (a) leitor (a) que sempre  me acompanha neste Blog “Ide, Evangelizai e fazei discípulos”. Neste primeiro dia do ano de 2012,  meu blog comemora seu primeiro ano de aniversário, grande é alegria que invade  meu ser perante ao Criador, pois este  espaço é um projeto Dele, o qual  estar  seguindo cheio de renovação. Acredito que em cada novo dia as postagens estão mais cheias de sabedoria e meu ser mais cheio da unção de Deus;

Gratidão pelo conforto que  minhas mensagens oferecem, e ao mesmo tempo exorta e edifica cada coração que recebe  as sementes que produzirão renovo em sua vida.

Agradeço a você que tem acompanhado este cantinho.

Que Deus rica e poderosamente continue abençoando a sua vida e de toda sua  família, aproveitamos para desejar  votos de Um Novo Ano cheio de paz, luz, fé  e que Jesus seja o seu lema de  vida.

Um forte abraço carinhoso da Semeadora!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Freiras deixam o Brasil para cuidar de crianças órfãs no Quênia

Irmãs beneditinas superam as dificuldades em um dos lugares mais pobres da África para administrar um orfanato com 85 crianças.


Nove mil e trezentos quilômetros separam essas mulheres de suas famílias. Elas atravessaram o Atlântico e se embrenharam nas savanas da África para cuidar de um orfanato em Kakamega, no oeste do Quênia.
A freira Diamar Broca diz que é a missão da congregação ajudar no orfanato. “É uma disposição que a gente traz dentro, mas eu estou me adaptando ainda”.
“Já sofri muito no começo. Peguei muita malária e tifo. Estive a beira da morte. Fiquei na cama 20 dias. Chamei um padre pra receber a unção”, conta Maria da Penha Zucolotto, freira do Espírito Santo. 
E as saudades de casa, dos parentes? “Sinto muitas saudades. Sempre tem e-mail deles pra mim. Eles dizem que precisam muito mais de mim lá do que eles aqui. Mas não é, eles aqui precisam mais da gente”, diz Penha.
“Eu deixei minha mãe, irmão, sobrinhos todos no Brasil. Essa dificuldade a gente supera com o pouco que a gente pode fazer aqui, porque a gente vê que a necessidade daqui é maior”, declara a freira Diamar.
Tem também o problema do idioma, o inglês é uma das línguas oficiais, mas os quenianos falam dezenas de dialetos. “O inglês eu aprendi um pouco e me comunico, mas não sei bem. Das línguas nativas, tentei aprender algumas coisas em Kiswahili, sei algumas palavras apenas”, afirma Penha.
Nem por isso elas desistiram. As irmãs beneditinas chegaram ao Quênia em 1996, sem saber exatamente o que fazer, como ajudar. Mas não demorou pra que elas percebessem que a maior necessidade tava nas ruas. Crianças abandonadas em sarjetas, latas de lixo. Elas pediram então licença pra usar um orfanato do governo federal, que aceitou na hora, mas a partir daí, lavou as mãos. Hoje as freiras tocam o orfanato sem qualquer ajuda do governo.
Diante das dificuldades, a freira Maria da Penha explica como consegue dar conta de todas as crianças e administrar o orfanato. “É força de deus. Só a força divina pra gente estar aqui. A gente vive aqui pela fé”, afirma Penha.
Da horta vêm os vegetais. Do poço, a água. Do galinheiro, a carne, mas não é fácil alimentar tantas bocas. A capacidade do orfanato é para no máximo 50 crianças. Mas hoje, são pelo menos 85 menores. E só não tem mais porque as freiras incentivam a adoção por parte de casais que não podem ter filhos. O problema é que muitos internos são deficientes físicos ou têm doenças crônicas. E esses, infelizmente, ninguém quer adotar.


“A gente tem vontade de adotar todos, mas a gente olha também, é o que a gente pode fazer. O pouco que você pode fazer e bem, pra eles é muito”, afirma Diamar.


“Se tivesse que voltar atrás e começar tudo de novo, não faria diferente. Estou mesmo realizada e me sinto feliz. O que eu não me sinto tão realizada é porque não tem as condições necessárias para ajudar o quanto que essas crianças precisam. Mas com uma vida religiosa, como vocação eu me sinto realizada”, afirma Penha.
O Quênia tem um dos maiores índices de mortalidade infantil do mundo. De cada mil crianças que nascem, 100 morrem antes de completar cinco anos de idade

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Natal do menino Jesus...


Em dezembro podemos perceber certo rebuliço no ar... 
Pessoas correndo prá lá e prá cá...
dizendo que o tempo parece voar...
Na mente, muitas coisas a fazer...
E no coração, uma alegria a se debater...
Mas bem lá fundo nós sabemos o porquê, 
pois desde bem pequeninos ouvimos contar 
a história de um belo menino...

Que nasceu bem pobrezinho...
Um menino estrela que veio para sempre brilhar 
iluminando o nosso caminho...
O menino Paz, 
O menino Amor, 
O menino Luz, Jesus...

Este menino que um dia se tornou homem tinha um sonho,
o sonho de despertar a humanidade para o milagre da VIDA. 
Ele queria nos mostrar que a felicidade está bem mais perto 
do que possamos imaginar. 

Ele veio nos dizer que somos deuses,
senhores das nossas escolhas e capazes de nos libertar 
dos grilhões da ignorância. 

E Ele nos trouxe a chave para isso,
Ele veio nos mostrar como AMAR, 
e terminou a sua missão de uma forma inusitada,
doando a sua própria vida para que as suas palavras 
de VERDADE permanecessem fluindo pelo eterno através 
do vento do espírito, penetrando nos corações 
de todos os buscadores da Luz.

Ele nos revelou que o AMOR é exercido sempre com compaixão,
misericórdia e verdade. 
Ele deu o exemplo disso convivendo com pessoas 
de todos os tipos e tratando a todos com igualdade e compreensão.
Na realidade Ele era um ser humano como cada um de nós, 
mas com algo incomum à maioria: ele não tinha nenhuma dúvida 
sobre a sua origem, ele sabia e acreditava,
tinha a fé inabalável de que Deus e Ele eram UM SÓ.

Jesus era doce, mas firme, Ele mostrava a direção a seguir 
sem querer convencer a ninguém.
A sua presença marcante e suave bastava para modificar
a vibração de tudo ao seu redor. 
A VERDADE era a sua arma diante dos hipócritas,
Ele não media as palavras para mostrar
a sua indignação diante da mentira,
da covardia e da injustiça. 
Ao mesmo tempo nos mostrou que perdoar 
e entregar o outro lado da face
é a forma mais sublime de render o espírito.

Sabemos que os tempos são chegados, à hora chegou, 
A mudança está às portas!

Por isso, quando os sinos tocam anunciando o Natal, 
sentimos toda a esperança do mundo gritar dentro de nós. 
É tempo de Amar, compartilhar, cantar aos quatro ventos 
que Jesus nasceu e para sempre estará 
nos nossos corações brindando a Vida,
nos agraciando com as suas palavras de Amor e liberdade!

Vinde linda criança! 
És o Mestre dos Mestres!
Obrigada por nos agraciar com a sua Luz! 
Vinde menino Jesus!

Autoria Márian Marta Magalhães

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Alegria do nascimento de Jesus em todos os povos...

E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria,
 que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje
o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 

(Lucas 2.10-11)

    Estamos na semana mais esperada do ano, onde se comemorar o Natal, onde observamos que as cidades ganham novas cores e luzes, há vários enfeites em toda parte...  Em toda parte se compra presente, é uma data de festejo em vários países do mundo... Onde alguns  por desconhecer o significado do verdadeiro Natal celebra uma  ceia com uma mesa  farta e passa  restante da noite embriagado e, não presta  reverencia ao aniversariante  especial  desta  data  tão comemorada. Comemorar uma data como esta é celebrar com jubilo o nascimento do aniversariante, então no Brasil nesta data 25 de dezembro se comemora o aniversario de Jesus, aquele que nasceu em Belém, foi recebido em braços regados pelo amor, depositado numa manjedoura, o ser mais esperado havia nascido numa noite fria, onde todos se encontravam dormindo, não havia quem pudesse saltar de alegria, acontece que então uma multidão de anjos começaram a cantar com suas vozes e anunciar o nascimento do Salvador, aquele que salvaria a humanidade.
     Aquela noite onde os anjos encontraram os pastores que vigiavam seus rebanhos, levaram até eles as Boas Novas que tem se espalhado por toda a terra, anunciando o nascimento de Jesus, então acredite que o natal é o renascer Dele dentro de cada um de nós, que esse momento seja celebrando com jubilo e gratidão ao Pai, por sua grande misericórdia conosco, fazendo seu Filho renascer dentro de nossas vidas. Pare para pensar como você comemora esse dia, lembre-se que significa nascimento, então Ele precisa renascer dentro de você, mas não apenas nesta data, sim em cada novo dia, assim sendo cada cristão estaria mais próximo do seu Senhor com sua vida dentro dos seus planos, reflita.
      O menino Jesus que foi colocado numa manjedoura deseja ardentemente nascer em cada coração de todos os povos, hoje Ele anseia que cada cristão leve o anuncio do desejo que Ele tem de nascer e renascer nos corações, celebramos com jubilo as Boas Novas Daquele que nasceu em Belém, escolheu nosso coração como o lugar mais desejado por Ele para ser seu Templo, Jesus deseja habitar dentro de você, permita-o.
      Que cada cristão leve em cânticos a todos os cantos, onde há vida, caminhe, siga em frente, alcance cada vida para esse Salvador, tenha a certeza que vida rejubilarão com esse encontro junto ao seu Senhor, cuja vida serão tocada pela Filho de Deus. Permita Jesus nascer  dentro de  outros corações, anuncie-o. E abra seu coração e deixe Ele renascer dentro de você em cada novo alvorecer.



E a palavra se fez carne e habitou entre nós...

E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade.
João 1.14

      Evangelho desse quinquagésimo segundo domingo do ano (Natal do nosso Senhor Jesus Cristo), ressoou, neste dia, o antigo e sempre novo anúncio do Natal do Senhor. Ressoou para quem está alerta, como os pastores de Belém há mais de dois mil anos. Também ressoa para quem adere ao apelo do Advento e, permanecendo atento, está pronto a acolher a mensagem feliz que canta a liturgia: “Hoje nasceu o nosso Salvador”.
      Neste dia, o tempo abre-se ao eterno, pois vós, ó Cristo, nascestes entre nós vindo do Alto. Do seio de uma Mulher, de todas a mais bendita, vós viestes à luz, Filho do Altíssimo. A vossa Santidade purificou, de uma vez por todas, o nosso tempo: os dias, os séculos, os milênios. Com o vosso nascimento, fizestes do tempo um “hoje” de salvação.
      Celebramos o mistério de Belém, o mistério de uma noite singular que está, de certa forma, no tempo e para além do tempo. Do seio da Virgem nasceu um Menino, uma manjedoura serviu de berço para a Vida imortal. Natal é a festa da vida, porque Jesus, vindo à luz como cada um de nós, abençoou a hora do nascimento. Uma hora que, simbolicamente, representa o mistério da existência humana, unindo a aflição à esperança, a dor à alegria. Tudo isso aconteceu em Belém: uma Virgem Mãe deu à luz: “veio ao mundo um homem” ( Jo 16,21), o Filho de Deus, o Filho do Homem. Mistério de Belém!
      O Verbo chora numa manjedoura. Chama-se Jesus, que significa “Deus salva”, porque “Ele salvará o povo dos seus pecados” (Mateus 1.21). Não é em um palácio que nasce o Redentor, que vem instaurar o Reino eterno e universal. Ele nasce em um estábulo e, permanecendo entre nós, acende no mundo o fogo do amor de Deus (Lucas 12.49). Este fogo nunca mais será apagado! Que possa este fogo arder nos corações como chama de caridade ativa, que dê acolhimento e apoio a tantos irmãos provados pela necessidade e pelo sofrimento!
Senhor Jesus, que contemplamos na pobreza de Belém, faça-nos testemunhas de Sua verdade e de Seu amor, o qual O levou a despojar-se da glória divina, a fim de nascer entre os homens e morrer por nós. Faça, Senhor, que a Sua luz – mais brilhante que o dia – difunda-se no futuro e oriente nossos passos no caminho da paz, que só se encontra na verdade.
       O que diremos sobre a Encarnação do Verbo Divino? Esse é o supremo ato do amor de Deus, que assume a condição humana, transformando-a pelo dom do amor pleno. Em Jesus não é assumida apenas a Sua corporeidade individual, mas a condição corpórea de toda a humanidade, integrada em todos os valores de dignidade, justiça e verdade, que, no amor, são revestidos de eternidade. “Deus é amor, e aquele que permanece no amor, permanece em Deus, e Deus, nele” (I João 4.16). A Encarnação do Filho de Deus é a revelação da presença real, amorosa e terna, vivificante e eterna do Pai entre homens e mulheres, pequenos e humildes.
       O prólogo do Evangelho de João apresenta a origem divina de Jesus, como a Palavra eterna que procede de Deus Pai, faz-se carne, morando entre nós, e, por graça, torna-nos  Seus filhos eternos. Renascidos no Batismo, como Ele, reinaremos eternamente.
Desejo, uma vez mais, um Feliz e Santo Natal a você!

(João 1.1-18)

 Autoria Padre Bantu Mendonça


sábado, 17 de dezembro de 2011

Maria confiou no Pai e se colocou a sua disposição...

“Maria, então, disse: Eis aqui a serva do Senhor;
 faça-se em mim segundo a tua palavra!”
Lucas 1.38

        Evangelho desse quinquagésimo primeiro domingo do ano (4º domingo do advento), fala sobre o anuncio do nascimento de Cristo, a mensagem trazida pelo anjo, que nos mostra que Deus fala e cumpre, anos que o povo israelita esperava que essa promessa se cumprisse, mas veio num tempo que o povo estava despercebido, mas Deus é fiel. Aprenderemos nesta mensagem sobre a devoção de Maria em se colocar a disposição do Pai, para que se cumprisse o que foi dito através do anjo. Vamos seguir o exemplo desta serva de Deus, que se entregou aos seus cuidados, confiando unicamente Nele.
       Imagine a expectativa em milhares de mulheres israelitas desde que souberam que nas escrituras que o Messias nasceria em Belém, talvez muitas delas poderia se imaginar sendo a escolhida para que Ele viesse por meio dela, mas podemos observar na mensagem de hoje do Evangelho que Deus escolheu uma mulher humilde, simples, pobre para que fosse a mãe do Messias.  Diante dos olhos de Deus Maria foi agraciada, que recebeu a graça de ser escolhida por Ele, quando ela ouviu o anjo dizer Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo.” (Lucas 1.28), logo se perturbou dentro de si, não entendia que saudação seria esta, que palavra seria esta, surgiu dentro dela aquela vontade de saber que palavra referia a esta saudação, e porque dirigida a ela. O anjo explicou tão claro, tão nítido, que creio que o coração de Maria, se alegrou desde que entendeu, o anjo trouxe boas novas, esta sobre o nascimento do Filho de Deus, aquele que os profetas diziam estava por vir e ela escolhida para gerá-lo. Alegria envolveu o coração desta mulher de maneira a exaltar ao Criador, aquela mensagem dita por Deus desde o inicio, onde já séculos havia passado, onde muitos nem acreditavam mais, onde havia imensa rebelião ao Pai, já haviam surgido enormes classes eclesiásticas religiosas que ao mesmo tempo em que ensinavam a lei, acabam aprisionado o povo de Israel, mas Deus veio trazer a sua luz, esta que iluminaria aquela nação, transbordaria de alegria a humanidade. Creio eu que Maria pode imaginar como seria a chegada do Salvador a cada pessoa, aquela nação tão castigada seria agora visitada pelos céus, teria seu Mestre entre eles, o dia de alegria estava começando, esse que ainda continua acontecendo em nossos dias, onde Cristo estar chegando em milhares de coração, transbordando vidas, enchendo-as de alegria, graça e luz.
       Maria se colocou a disposição do Senhor, se entregando de totalmente aos seus cuidados, em momento algum se precipitou ou teve duvida, apenas esperou Nele para que tudo se cumprisse. A escritura diz “Eis aqui a serva do Senhor” (Lucas 1.38a), essa palavra pronunciada por Maria me faz pensar sobre a prontidão diante de Deus, o estar preparado para qualquer chamar do Criador e em estar pronto para segui-lo, levar adiante sua missão confiada a cada um de nós. Você sente Deus lhe chamar?  Ele nos escolheu para que pudéssemos continuar fazendo Seu Filho Jesus nascer nos corações, mas para que Cristo venha nascer, Deus precisa de mim e você, como você responderia o Pai nesse momento se Ele te chamasse? O que diria se um anjo trouxesse uma mensagem para você da parte do Senhor? Como você reagiria?  Aceitaria com prontidão, atendendo o chamado Dele em sua vida ou não daria credito a palavra Dele?
Essa mensagem nos faz refletir sobre o perfil de quem serve ao Criador e como reage no seu dia a dia.
      A liturgia de hoje mostra claramente que Deus tem o seu tempo para cumprir tudo que promete e nos ensina sobre a responsabilidade de estarmos prontos a todo o tempo para atender a voz do Senhor e fazer sua vontade. Seguimos o exemplo de Maria, aquela que se entregou ao Pai, submeteu a sua vontade, percorreu o caminho que Ele indicou para ela, foi filha fiel, devota ao seu Pai, recebendo sua recompensa na terra de ser escolhida entre todas as mulheres para ser a Mãe do Salvador, e maior recompensa terá na eternidade, pois em toda sua vida foi fiel, andando em seu caminho e realizado sua vontade. Obedeça a voz do Mestre, entrega tua vida, teu caminho aos cuidados Dele, deixe que Ele lhe guie, atenda o chamado Dele em sua vida, proclame ao mundo sobre o nascimento de Cristo em cada coração.

(Lucas  1.26-38)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Seja testemunha da luz que há em ti

Ele não era a luz, mas veio dar testemunho da luz.
João1. 8

      Evangelho desse quinquagésimo domingo do ano (3º domingo do advento),  nos leva a refletir sobre o testemunho de João Batista, que veio para dar testemunho da luz, ou seja, a luz que iluminaria todos os homens, João estaria testemunhado de Jesus, pois Ele é a luz que ilumina o mundo, com esta mensagem podemos entender que a igreja de Cristo na terra tem a missão de continuar testemunhando desta luz, somos quem dar continuidade ao testemunho de João, vale lembrar que nós também somos considerados por Jesus como a luz do mundo, diz a escritura “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5. 1a), não podemos esconder essa luz, ela precisa ser mostrada a todos a nossa volta, como Cristo iluminou a nossa vida, essa luz irradia dentro de nós, devemos penetrar todas as vidas ao nosso redor para que ela também receba essa luz que é Jesus, o caminhar de quem segue Cristo é iluminado.
       Nesta mensagem percebemos que até a ordem eclesiástica do tempo de João Batista estavam preocupados em saber quem era ele, então enviaram mensageiros até ele para tirarem satisfação de forma a entenderam quem era esse homem que pregava, que batizava multidão.  João Batista respondeu a eles que não era o Messias, também não era o profeta, mas respondeu desta forma Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” - conforme disse o profeta Isaías.  (João 1.23), João Batista foi o homem escolhido por Deus desde o ventre de sua mãe Isabel, Deus ungiu esse menino desde seu nascimento, escolheu para que fosse o mensageiro da mensagem de arrependimento aos israelitas, em todo o tempo ele aprendeu com Deus, quando chegou o tempo de cumprir o seu chamado no Senhor, surgiu trazendo uma mensagem diferente de todos os profetas de sua época, uma mensagem que trasbordava os corações, que penetravam dentro das vidas, as pessoas naquela época viviam em tempo de opressão pelos reis, era um tempo de calamidade, onde surge um mensageiro da paz, trazendo uma palavra que alem de confortar, restaurar, levou os israelitas ao arrependimento profundo, onde o povo voltou para o Senhor que os criou.
     A importância de ser um mensageiro de Deus na terra em nossos dias é de suma importância, estamos vivendo dias difícil, dias de calamidade, tempo de silencio, onde a fé esfriou, o amor se apartou dos corações, as pessoas estão longe do seu Criador, a humanidade precisa de mensageiro com mensagem de arrependimento, que prepare o povo para um encontro novamente com o Pai, pois Ele não perde esperança de resgatar as vidas, aceite você ser um mensageiro de Deus na terra, vivemos tempo difícil, onde a terra geme, chora e sofre, que a igreja de Cristo se desperte, saia de entre quatro parede e comece a pregar em cada canto da terra, onde há vida é ali que deve estar o anunciador de boas novas de arrependimento.
     A liturgia de hoje nos convida a ser testemunha da luz, ser mensageiro da paz, levar o Ide de Jesus a todas as pessoas, visitando os lares, estando perto dos que abandonaram o Senhor, que Deus em sua infinita misericórdia desperte a sua igreja para que através dela restaure os corações, assim como Ele fez através de João Batista, usando com uma mensagem que levou o povo arrepender-se e aproximando para um encontro com o Messias, que o Pai unge-nos, encha nossa vida de seu espírito, sua unção e transborde nosso coração com amor, para que levantemos e levamos o Ide de Jesus a todos a nossa volta. O mundo precisa de luz, de amor, Deus confiou essa missão a sua igreja, de ser anunciador de boas novas, que a igreja desperte, levante e vá aos campos, resgate as vidas para Cristo. Seja tu um anunciador de boas novas de arrenpedimento, seja tu a luz que ilumina as vidas, seja testemunha desta luz que iluminou sua vida, leva ela adiante e alcance os povos.

(João 1.6-8. 19-28)

Jesus batiza com o espirito santo

E pregava, dizendo: Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”.
Marcos 1.7-8

      Evangelho desse quadragésimo nono domingo do ano (2º domingo do  advento),  aborda o cumprimento da palavra de Deus dito ao profeta Isaias sobre o mensageiro que Deus enviaria ao povo de Israel, esse quem prepararia os israelitas para um encontro com o Cordeiro de Deus. Nesta mensagem poderemos ver claramente que Deus nunca perdeu a esperança em resgatar os seus filhos.
      O mensageiro João Batista que surgiu do deserto num tempo de calamidade entre o povo de Israel, onde todos viviam sobre opressão, onde parecia ser o silencio de Deus para com este povo, surge a luz vindo do deserto iluminando cada vida ali existente, preparando seus corações com uma mensagem diferente, mais profunda, alertando ao arrependimento de seus pecados, era preciso uma mudança de dentro pra fora, o povo precisou refletir sobre sua vida diante do Criador, e a mensagem de João Batista era tremenda, tanto que uma multidão de vidas sedentas, famintas desde que em seus ouvidos chegaram uma só palavra dita por este profeta, passaram segui-los; vemos aqui o poder que tem a palavra desde que um coração se abre pronto a ouvi-la, senti-la, a palavra tem poder de moldar-nos, ela que nos leva a um profundo encontro com Jesus. Isso era o que estava acontecendo com as palavras que saiam dos lábios de João Batista, tinha poder restaurador.
      Ele era o precursor de Cristo, ou seja, quem devia vir antes de Jesus, era um homem simples, humilde, mais cheio do espírito santo desde seu nascimento, Deus preparou seu servo para que por meio dele a nação israelita recebesse o Messias, aquele que o povo esperava, seu Redentor que já estava entre eles, só restava o povo estar preparado para identificar quem era Ele.  João recebeu uma missão árdua de pregar, de levar esse povo ao arrependimento de todos os seus pecados, em sua mensagem ele pregava sobre o batismo em águas, que era o símbolo de arrependimento, o qual cada vida renascia para o Pai, recebia uma nova vida e vivia no caminho do Senhor. Em todo o tempo João dizia não ser o Cristo, o Esperado, mas pregava claramente que Ele não era digno sequer de tirar, carregar as sandálias do Messias, que Cristo era maior do que ele, comovia a multidão com uma mensagem a respeito de Jesus dizendo “Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo” (Marcos 1.8), o povo ficava impactado quando começaram ouvir falar que Jesus batizaria os seus seguidores com o espírito santo, o povo de Israel sabia com profundidade o que era ser uma pessoa cheia do espírito de Deus, ficaram comovidos e ao mesmo tempo alegres, mais ainda não tinha experimentando o que era ser batizado pelo espírito santo. Pois isso seria Cristo que derramaria sobre os seus discípulos.
       Creio que você já ouviu, ouve muito a respeito do batismo com espírito santo, essa promessa é para você também, pois a escritura diz “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” (Atos 2:39), o que você tem feito diante desta promessa para sua vida? Tem buscado ser cheio? Ou tem já desistiu de receber, de experimentar o derramar do espírito santo sobre sua vida?   Oh, tenha desanimado devido ter buscado tanto, ou tenha pensado que você é um daqueles que não vai receber? Pense no verso acima, essa promessa diz a todos quanto Deus chama e você foi chamado para experimentar o derramar, o ser cheio da plenitude do seu espírito, o que ter que ser feito, é algo simples desde que você observe a igreja primitiva e sua busca de receberem essa promessa, o que eles fizeram dia a dia, você sabe? Eles buscavam de todo o coração, perseveram nessa busca, orava em todo lugar, algumas vezes estavam sentados, outra ajoelhado em outra de pé; em alguns momentos estavam reunido nos lares, outra em suas casas e outro momento no templo, quero dizer que em momento algum deixaram de crer, de buscar, de ansiar que isso acontecesse em vosso meio, era uma busca que quanto mais buscava, mais alegres estavam, mais perto de Deus desejava estar, era um buscar que elevava seu ser ao Criador. È assim que você tem que buscar, que seja uma busca de todo seu coração, que seja perseverante, que não deixe de crer que será cheio do espírito santo, agarre com fé, busque com todo fervor esse derramar, experimente o que a igreja primitiva experimentou o ser cheio do espírito santo, memorize nesse verso E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (Atos 2:4), deseja isso pra sua vida, faça parte desta promessa de Jesus para sua vida, seja ser cheio diariamente.

(Marcos 1.1-8)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O sonho de José

"Nossa única divida é amar e evangelizar".


Monsenhor Jonas Abib

Vigiai porque Cristo em breve retornará...

“O que vos digo, digo a todos: Vigiai.”
Marcos 13.37

     Evangelho desse quadragésimo oitavo domingo do ano (1º domingo do  advento), Jesus desperta a sua igreja na terra e convoca que todos estejam em vigilância aguardando a sua volta, como você tem estado diante do aguardo do retorno de Cristo a terra para buscar a sua noiva?
      Ele disse Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento.” (Marcos 13.33ª), as sagradas escrituras deixam claro que a igreja não sabe em que momento Ele voltará, não há ninguém nessa terra que tenha a capacidade de prever quando será este dia, em que hora, em que ano, mas a palavra de Deus fala sobre o tempo de preparação que resta para os povos da terra, estamos em tempo de preparação, você tem noção do que é esse tempo? Ou estar vivendo como no tempo do dilúvio, onde o povo zombava, comiam, bebiam e não deram credito a pregação de Noé, na qual, ele alertava sobre um grande dilúvio de chuva que Deus ia derramar sobre toda a terra, espero que você saiba qual o resultado daqueles que não acreditaram na mensagem enviada por Deus a Noé, num tempo que o povo não esperou, a chuva desceu do céu, inundou toda a terra, pereceram as vidas que não acreditaram, não se prepararam no tempo que ainda restavam para eles serem salvos das águas do dilúvio que cobriu toda a terra, naquele tempo foram poucas as vidas que se salvaram, sabia disso? Hoje a igreja aguarda a volta de Jesus, é a sua promessa de nos buscar, mas esta vinda requer uma preparação firme e levada com toda seriedade da parte de cada um dos que proferem seguir a Cristo.
    A mensagem da liturgia deste domingo nos alerta sobre duas coisas: é o tempo de nos preparar para este esperado encontro com o Senhor e viver em estado de total vigilância em todo o tempo; pois a qualquer momento Ele pode voltar, você estar preparado agora para esse encontro? Seus ouvidos estão atentos e poderão captar o soar da trombeta? Como estar a sua vida, seu coração, seus pensamentos onde estão agora, onde estavam ontem? È preciso repensar no ontem, porque ele ajudará a refletir melhor sobre as atitudes, o dever e o estado de vigilância a respeito de nossa vida diária. Não permita que os desejos do mundo, as maldades que estão prevalecendo possam cegar seus olhos, endurecer seu coração e roubar a sua fé. Pense, reflita cada novo dia, prepare nesse tempo, anseia ardentemente estar pronto para a volta do Senhor, esteja vigilante aguardando o retorno do Senhor, que momento glorioso será, é o momento mais esperado pela igreja que ama, que se entrega a Ele diariamente de todo o coração, busca viver apenas Nele; que se encontra a disposição Dele em continuar sua sublime obra de evangelização a todos os povos e aguarda vigilante cheio de confiança e alegria que transborda o seu coração em estar pronto para encontrar com Jesus.

(Marcos 13.33-37)

domingo, 20 de novembro de 2011

E todos serão reunidos e separados por Ele

Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda”.
Mateus 25.40

     Evangelho desse quadragésimo sétimo domingo do ano (34º domingo do tempo comum),  nesta mensagem Jesus nos alerta seriamente sobre o dia do grande julgamento, no qual, Ele será o Rei que se assentará no seu trono e vai julgar todos os povos da terra, onde todas as nossas obras serão reveladas e através dela uns ganharão as boas vindas para estarem para todo o sempre ao lado do Senhor nos céus, outros serão condenado ao fogo do abismo, um local preparado para o diabo e seus anjos, mas ali será posto todos aqueles que não encontrarem seu nome escrito no livro da vida. Jesus requer de cada um de nós a responsabilidade no servir a Ele em todo o tempo em plena obediência a Ele e aos seus mandamentos. Hoje é dia meu amado de refletir na sua condição de vida diante de Cristo, meditar em suas palavras e ver como estar sua vida perante elas; como estar?  Estar preparado para estar diante do Trono de Cristo e ser julgado? Em que lado você sente que Jesus te colocará; a sua direita ou a esquerda? Você é uma ovelha ou cabrito?  O tempo de pensar chegou, pois ainda há tempo para mudar, se arrepender, façamos isso enquanto podemos, porque diante deste trono não caberá a nós ousar sequer dizer uma palavra, pois ali será o dia de sermos julgados.
     Já parou para pensar como será este julgamento, o trecho da escritura é bem claro que diz e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda”. (Mateus 25.32-33),  realmente hoje as pessoas  não estão preocupada em pensar  sobre esse  grande dia, que  ainda virá, onde  todos estarão perante Ele para apresentar  tudo que fizeram debaixo do sol, todas as obras  estão registrada no livro das obras, onde serão lidas, mostradas, o que tens feito? Como se sentiria em que seja mostrado perante todos os reunidos tudo que tenha feito, tenha dito, tenha deixado de fazer ou nunca tenha se interessado em fazer? Sabemos que pregar é bem fácil, mas não foi para isso que Ele nos chamou, antes deu tudo para sermos cumpridores de sua palavra, sendo servo que obedece seu Senhor e o teme em todo o tempo, andando em prontidão, honestidade, vigiando em todo o tempo, procurando cada instante viver o que Cristo ensinou.
     A sua direita serão posta as ovelhas, a esquerda os cabritos, Ele mesmo irá separar em dois rebanhos, será um momento que as pessoas levarão um susto ao ser separado, pois quantos hoje na terra se gloria de dizer “que estão salvos, que estão corretos, que são santos”, e acabam humilhando o seu próximo, apontando para este suas falhas, seus atos e pecados, pessoas que agem desta forma esquece que o Juiz é Jesus, que somos todos discípulos que estão aprendendo com o Mestre, espero que seja com Ele que você deseja ardentemente aprender, que seja por Ele que tenha profundo amor e que sua devoção seja servir a Cristo. Sabemos que as ovelhas são as que ouvem a voz do seu Pastor e segue-o, onde quer que Ele guie-as, caminham ao lado Dele, pois Ele tem o alimento essencial para sua vida; quanto aos cabritos já entendemos serem os que tentam andar, mas seguem seus próprios conceitos, suas idéias, seus desejos, pensam estar seguindo ao Senhor, enquanto na verdade segue a si mesmo.
     O amor de Jesus envolve a vida das ovelhas a ponto de seguir o seu exemplo, de estarem estendendo as mãos ao seu próximo, fazer a obra de Deus requer disposição para alcançar para Cristo todos a sua volta e são conseguem fazer esta obra quem é movido de amor pelas almas, pois Jesus derramou seu precioso sangue na cruz do calvário, comprando-as para Deus. Você evangeliza? Onde? Como? E que pessoas você procura ensinar as sagradas escrituras?  Você vai até as pessoas ou cruzam seus braços esperando que elas te procurem? Amor de Jesus precisa mover nossa vida a ponto de estarmos sempre ocupados ensinando, evangelizando nas casas, ruas, praças, presídios, nos caminhos buscando alcançar os caído à beira das ruas, esse era o evangelho que Jesus pregava, sempre ocupado, buscando pessoas de toda as formas. Seja você uma ovelha, pois esta conhece a voz do seu Pastor, é movida de um amor que move sua vida, levando ate aos perdidos, procurando confortar, cuidar, zelar, deixar a verdadeira essência de Cristo.
     A liturgia deste domingo nos leva a reflexão sobre a nossa responsabilidade em estar fazendo a obra do Senhor com amor, estendendo as mãos ao nosso próximo, dedicando nossa vida ao Senhor, sendo fiel em todo o tempo, hoje é tempo de pensar, analisar nossas atitudes e atos diante da palavra do Senhor, sentir na alma que será posta a sua direita e receber as boas vindas de alegria para estar ao lado Dele para todo o sempre. Reflita amado do Senhor, faça hoje e agora, caso tenha andando como os cabritos, retorne ao seu Pastor, aprenda com Ele, arrependa-se o quanto antes, seja ovelha, pois esta ouve, obedece e tens a promessa de que estarás ao lado Dele.
        
(Mateus 25.31-46)



sábado, 19 de novembro de 2011

Viver o tempo presente em fidelidade ao Senhor

Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados”.
Mateus 25.19

     Evangelho desse quadragésimo sexto domingo do ano (33º domingo do tempo comum), a expectativa e a vigilância convertem-se em responsabilidade pela transformação do mundo. A parábola dos talentos ressalta a vigilância como atitude de quem se sente responsável pelo Reino de Deus. E quem recebeu talentos – e não os faz render – pode ser demitido do Reino por “justa causa”.
     O Evangelho situa-se no quinto e último grande discurso escatológico, ou aquele que trata do fim último das coisas. O tema básico do discurso é a vigilância, ilustrada pela leitura dos sinais dos tempos, a parábola do empregado responsável, a das virgens prudentes e imprudentes e que vai terminar na festa de Cristo Rei, com o texto sobre o Juízo Final. Por trás da parábola dos talentos há um tempo de expectativa e de sofrimento. Na época em que Mateus escreveu o Evangelho, muitos cristãos estavam desanimados diante da demora da segunda vinda do Messias. Além disso, o converter-se à fé cristã acarretava perseguição e até morte. As comunidades se esvaziavam e o ardor por Jesus Cristo esmorecia. O evangelista escreve com o objetivo de reanimar a fé.
     Jesus apresenta-se como um Senhor que, antes de empreender uma viagem, reúne seus empregados e reparte com eles sua riqueza para que a administrem. A um deu cinco talentos, a outro dois e um talento ao terceiro: a cada um segundo sua capacidade. E viajou para longe. No retorno, Ele pede contas. Os dois primeiros fizeram com que os talentos rendessem em dobro. O último devolveu o talento tal qual tinha recebido, pois com medo de arriscar havia enterrado o talento. Curioso é o motivo de tal procedimento. Não tomou tal atitude por preguiça, mas por medo da severidade de seu Senhor. Em consequência, os dois primeiros foram elogiados e recompensados pela eficiente administração e o último foi demitido por “justa causa”. No tempo de Jesus um talento era uma soma considerável de dinheiro, e hoje pode ser interpretado em termos de dons ou carismas recebidos de Deus. O trecho demonstra que o importante é arriscar-se e lançar-se à ação em prol do crescimento do Reino de Deus, para que os dons que recebemos d’Ele possam crescer e se frutificar. De forma alguma se deve interpretar este texto “ao pé-da-letra”, como se ele tratasse de investimentos e lucros financeiros, pois ele é uma parábola, que é uma comparação usando imagens e símbolos conhecidos.
     Jesus confiou à comunidade cristã a revelação dos segredos do Reino e a revelação de Deus como o “Abbá”, ou querido Pai. Esse dom é um privilégio, mas também um desafio e uma responsabilidade. Nem a comunidade cristã nem o cristão individual podem guardar para si essa riqueza. Embora carreguemos “esse tesouro em vasos de barro” (cf. II Cor 4,7), como disse São Paulo, temos que partir para a missão, para que todos cheguem a essa experiência de Deus e do Reino. Não é suficiente que estejamos preparados para o encontro com o Senhor. O “outro lado da medalha” é a atividade missionária, que faz com que o Reino de Deus cresça, mediante o testemunho da nossa prática de justiça.
     O terceiro empregado, devolvendo ao Senhor o talento que recebera – nem mais nem menos – em termos de justiça está quite. Ele personifica os membros das comunidades que não traduzem em seus relacionamentos os dons recebidos de Deus ou daqueles que, observando rigorosamente a Lei, se consideram perfeitos cumpridores da vontade do Senhor, mas que, na verdade, desconhecem a exigência fundamental do Messias que é de gratidão e iniciativa. Por isso, são castigados por sua mediocridade. Enterrar os talentos é sinônimo de eximir-se da responsabilidade diante da missão que “o Ressuscitado confiou a Seus discípulos como Suas testemunhas e continuadores da obra que Ele mesmo recebeu do Pai: salvar a humanidade” (cf. At 1,6-11). Enterrar os talentos é privar a comunidade dos dons de que ela está necessitando.
A omissão é um pecado que prejudica a edificação da comunidade. É instalar-se para não correr riscos. Para aqueles que aderiram à fé, não basta ser bons evitando o mal a fim de serem aprovados como solícitos administradores dos bens do Reino. O que se exige de nós é a capacidade de correr o risco com responsabilidade e compromisso.
     Jesus nos alerta sobre a necessidade de vivermos o tempo presente numa fidelidade ativa como um preparo ao Juízo Final. Quando voltar, o Senhor recompensará os bons administradores com a salvação, isto é, com a alegria de Seu convívio na Jerusalém celeste. Portanto, não enterre o seu talento. Faça-o render a fim de que possa ser recompensado pelo Senhor quando chegar: “Muito bem, empregado bom e fiel. Tu foste fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr-te para negociar com muito. Vem festejar comigo!” (Mateus. 25.23)

(Mateus 25.14-30)

Autor Padre Bantu Mendonça

sábado, 12 de novembro de 2011

O Sermão da montanha é para nós um...


 “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus”.
Mateus 5.3

     Evangelho desse quadragésimo quinto domingo do ano (32º domingo do tempo comum), conhecido como o chamado Sermão da Montanha faz parte do discurso inaugural do ministério público de Jesus, que se estende dos capítulos 5 a 7 do Evangelho de São Mateus. O de hoje é o primeiro dos cinco discursos que o evangelista distribui estrategicamente no seu livro.
     No texto destacamos dois elementos fundamentais: primeiro está o lugar de onde Jesus fala e o conteúdo do discurso. Depois de pregar nas sinagogas da Galileia, acompanhado de uma grande multidão, Cristo subiu ao monte para rezar, escolhe os doze apóstolos e depois chega a um lugar plano.
    Sentando ali, os discípulos do Senhor e toda a multidão se aproximam de Jesus. Então Ele, tomando a palavra, começa a ensinar: “Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o Reino dos céus [...]“.
     A intenção evidente do evangelista é apresentar-nos um discurso completo. Há, portanto, aqui, uma unidade retórica; sendo este termo entendido não só como uso de figuras de estilo, mas, sobretudo, como forma de usar as palavras e construir o discurso visando cumprir um determinado objetivo, que neste caso é proclamar de um modo novo o Evangelho do Reino.
     Não há aqui espaço para uma interpretação detalhada do texto. Utilizaremos como marco hermenêutico a novidade que este sermão nos traz, advertindo desde já que, de maneira nenhuma, se trata de ruptura com o Antigo Testamento, mas sim do seu pleno cumprimento em Jesus Cristo. De fato, Ele declara: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição”. Levar à perfeição é o mesmo que dar pleno cumprimento, realizar plenamente.
     À semelhança de Moisés, que sobe ao monte Sinai para receber as tábuas da Lei que há-de comunicar ao povo de Israel (cf. Ex 19,3.20; 24,15), há quem veja na pessoa de Jesus um “novo Moisés” que surge como Mestre – não apenas de Israel – mas de todos os homens, chamados à vocação universal de serem discípulos de Cristo, pela escuta e vivência da sua Palavra: “Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu” Ou ainda: “Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha”.
     Jesus senta-se na “cátedra” de Moisés (a montanha) como o Moisés maior, que estende a Aliança a todos os povos. Assim, podemos ver o Sermão da Montanha como “a nova Torah” trazida por Ele.
      Devemos insistir, porém, que não se trata aqui de abandonar a Torah dada na aliança do Sinai. É sabido que o primeiro Evangelho foi escrito para uma comunidade de cristãos de origem judaica, enraizados e familiarizados com a Lei de Moisés que continuava a ser valorizada e praticada. A preocupação do evangelista é mostrar que, sem abolir nada do que Moisés tinha deixado, Cristo, com a Sua ação, o supera e leva à perfeição como só Ele pode fazê-lo, absolutamente melhor do que qualquer outro profeta.
     O que Mateus nos apresenta no texto de hoje não tenho nem sequer uma sombra de dúvida de que seja o anúncio de um novo céu e uma nova terra onde haveremos de morar. É como que a realização de todas as promessas e bênçãos de Deus nos discípulos da nova Aliança em Cristo, assim como no novo espírito com que se deve cumprir a Lei, concretizado nas práticas da esmola, da oração e do jejum.
    A atitude dos filhos do Reino traduz-se numa nova relação com as riquezas, com o próprio corpo, com as coisas do mundo e com Deus, a quem nos dirigimos como Pai e de cujo Reino se busca a justiça, antes de tudo.
Como não se pode dizer que se ama a Deus se não se ama os irmãos, não falta aqui a referência a uma nova relação com o próximo. Finalmente, o epílogo do Sermão da Montanha faz uma recapitulação e um apelo veemente a não apenas escutar a Palavra, mas a pô-la em prática de forma consciente e deliberada.
Procuramos, da forma mais breve possível, ver como em Jesus Cristo se cumpre a promessa de Deus ao povo de Israel em Deuteronômio 18,15: “O Senhor, teu Deus, suscitará no meio de vós, dentre os teus irmãos, um profeta como eu; a ele deves escutar”e a Moisés em Deuteronômio 18,18: “Suscitar-lhes-ei um profeta como tu, dentre os seus irmãos; porei as minhas palavras na sua boca e ele lhes dirá tudo o que Eu lhe ordenar”.
     Como acontece noutras passagens dos Evangelhos, também aqui Jesus Cristo anuncia o Reino dos céus. Esta é uma forma semítica de dizer “Reino de Deus” que está no meio de nós e se realiza plenamente no domínio ou reinado de Deus sobre todas as suas criaturas e na aceitação ativa, alegre e jubilosa desse reinado pelas mesmas criaturas, a começar pelo homem, criado à Sua imagem e semelhança.
    O Sermão da Montanha é então para nós um autêntico programa de vida cristã que não deixaremos de meditar e pôr em prática em todos os dias, pois ele compreende o anúncio do novo céu e da nova terra onde haveremos de morar.


(Mateus 5.1-12ª)


Autor Padre Bantu Mendonça