"O céu é para quem sonha grande, pensa grande, ama grande e tem a coragem de viver pequeno. Isso é o céu.”

Pe. Léo

"De todas as certezas que possuo, esta é a mais bela: sou metade incompleto, que só a eternidade poderá preencher, não posso negar: o meu coração tem saudades do céu... deseja voltar".

Pe. Fabio Mello

Três ensinamentos preciosos...

Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem".

(Mateus 13.37)

     O Evangelho deste vigésimo nono domingo do ano (16º Domingo Comum), trás  uma mensagem profunda para o nosso dia a dia, onde Jesus continua seu discurso das parábolas, onde hoje nos apresenta mais três preciosos  ensinamentos: A Parábola do joio; Parábola do grão de mostarda e a Parábola do fermento.

         Joio -> “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo” (Mateus 13.24b), em nosso nascimento Deus semeou em nós a boa semente, fomos escolhidos por Ele pra semear ao mundo. Como sementes lançadas ao solo fértil, devemos tomar atitude de cristão, cultivar em nós virtudes que são capazes de orientar toda a semente que cresce ao lado do joio, assim como preservar a vigilância e oração em todo o campo.

       Essa boa semente é posta em prova e qualquer falha conduz a ação do inimigo. Nessa parábola o inimigo veio e colocou joio em toda a plantação, e esse joio em nossas vidas pode ser definida como as coisas más, a falta de paciência, prudência, infidelidade, falta de compaixão... assim como Deus age em nossas vidas, o inimigo também age silenciosamente. Para isso precisamos manter a vigilância, lembremos que na parábola o joio foi lançado, enquanto todos dormiam. E agora, onde estamos dormindo? Nossa fé está cochilando? Desperte, vigie. O mau está em todo lugar querendo nossa atenção, nos desviando dos desígnios de Deus. Se há algum mau em nossa vida, não devemos desanimar, muitas vezes é a prova de nossa fé que está em jogo, é a conquista e desenvolvimento de nossas virtudes prestes a tomar partido. Não devemos encarar o mau com medo e sim ser paciente, sábios de que o dia da colheita virá a oração, confiança e vigilância são fortes armas no combate contra o semeador de más sementes;

         Mostarda -> “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo” (Mateus 13.31b), o homem é Jesus Cristo; o campo, o mundo e o grão de mostarda é a pregação do Evangelho e da igreja: com princípios simples, divulgado na paz, apresentado sem alarde, e que se estende por todo o mundo. Com esta parábola Jesus está falando do crescimento do Reino de Deus. Na igreja, todos são acolhidos e lá se desenvolve constantemente as Boas Novas, em virtude das promessas divinas. Estamos aproveitando este crescimento? Como estar a nossa  fé no cotidiano? Os  princípios de Deus tem que reger o nosso viver.

     Fermento-> “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado” (Mateus 13.33), Jesus nos apresenta uma experiência quotidiana, pois como o fermento vai pouco a pouco fermentando e assimilando a massa, da mesma maneira a Igreja vai convertendo a todos. O fermento é comparado à figura do cristão, que vive no meio do mundo, sem se deixar levar pelo mundo. O cristão deve conquistar com o seu exemplo e com sua palavra, convertendo almas para o Senhor. Como está a nossa vocação de cristão? Estamos sendo fermento na massa? Estamos fazendo a diferença nesse mundo?

     Por fim, entendemos que a igreja, enquanto, igreja Peregrina, que caminha na terra, nela fará parte os bons e os maus, justos e pecadores. Todos viverão misturados até o tempo da colheita, o final dos tempos, quando Jesus Cristo, constituído Juiz dos vivos e dos mortos separará os bons dos maus no Juízo Final. Rogamos ao Senhor, para aumentar a nossa fé a cada alvorecer, que sejamos povo santo ao Senhor.

(Mateus 13.24-43)

A preciosa semente dentro do nosso coração

E disse-lhes muitas coisas em parábolas: O semeador saiu para semear. 

Mateus 13.3

     O Evangelho deste vigésimo oitavo domingo do ano (15º Domingo Comum), trás uma mensagem que vai enriquecer a nossa vida, através dos ensinamentos de Jesus, a parábola do semeador talvez seja a mais lembrada por todos, é essencial cada cristão meditar nos ensinamentos de Cristo, pois são preciosos seus ensinamentos, em todo o tempo que o Senhor Jesus esteve aqui na terra, valiosas foram e são as suas lições de sabedoria, pois cada uma é a descrição da vontade de Deus para os seus filhos. Então através de suas parábolas Jesus nos ensina, de uma forma bem simples, como deve ser a vida do cristão, o certo e o errado através de ilustrações que facilmente ficam gravadas em nossa memória e em nosso coração. O foco principal desta parábola do semeador é o coração do homem, a palavra de Deus nos diz que “O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.” (Mateus 12:35), ou seja, devemos estar atentos e sempre meditando a respeito do que temos guardado em nossos corações, para que os nossos frutos sejam agradáveis a Deus.

      E nesta mensagem o Senhor nos diz “E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves, e comeram-na.” (Mateus 13:3-4), observem que o texto diz que a semente caiu à beira do caminho. Em outras palavras a escritura sagrada nos diz “E porque estreita é a porta, apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” (Mateus 7:14), ou seja, nós temos duas escolhas: seguir o caminho de Deus ou o outro. Observamos através da parábola que se estivermos fora do caminho, não receberemos a semente, o sustendo necessário; pois o Senhor nos dá o sustento para permanecermos firmes em seu caminho, e não em outro lugar, mas até mesmo se estivermos à beira do caminho, poderemos receber a semente, a palavra de Deus, porém ela não prosperará, não criará raízes em nosso coração, pois fora do caminho do Senhor, é o diabo que reina. E assim, ele nos rouba a palavra, a fé e a esperança que vêm através dela, porém, vale à pena observar que estar fora do caminho não significa necessariamente estarmos desviados da fé, mas sim deixar que o nosso coração guie nossos passos, e não a vontade do Senhor, pois “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9), que o ensinamento de Jesus possa mover nossa vida, que nosso coração seja moldado pela palavra de Cristo, e nossa vida seja a prova viva de que somos guiados pelo Senhor e vivemos para fazer a sua vontade.

     Jesus nos alerta respeito de cultivarmos um coração endurecido, pois desta forma não podemos ser tocados pela palavra de Deus, “E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda; mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.” (Mateus 13:5-6), o ensinamento não consegue entrar, e muito menos se fixar neste tipo de coração. A mensagem ainda fala sobre não haver “terra bastante”, significa que se não nos alimentamos corretamente da palavra de Deus, não há conhecimento o suficiente para que estejamos firmados, ou seja, nossa raiz será superficial. E, desta forma, vindo a tribulação nos esqueceremos das palavras, das promessas, da cruz, da esperança e morreremos. Estes e muitos outros sentimentos são realmente espinhos em nosso coração, em nossa vida, como marcas, mágoas, rancor, amargura, falta de perdão. “E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na.” (Mateus 13:7), eles crescem e sufocam a esperança que a palavra de Deus traz.  A boa terra é o coração disposto a ouvir o Senhor, “E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” (Mateus 13:8-9), o coração do cristão disposto a ser corrigido, transformado segundo a vontade de Deus. Não é um coração perfeito, mas um coração que deseja e ama o Senhor.

      A palavra de Deus não é compreensível à sabedoria humana, pois ela é revelada através do Espírito Santo, e somente o que crê, e tem  o seu coração pronto para recebê-la ,é quem a compreende em seu real significado. Precisamos desejar ouvir ao Senhor, de todo o nosso coração. Que a palavra do Senhor possa moldar toda  sua vida., que seu coração seja  como uma terra boa, que  você cresça em graça, sabedoria, e conhecimento; que  seu alimento seja a palavra de Cristo!

(Mateus 13.1-23)

Ès o Messias e o Filho do Deus vivo

“Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”

Mateus 16.16b

     O Evangelho deste vigésimo sétimo domingo do ano, nos trás uma mensagem sobre o interrogatório feito por Jesus aos seus discípulos, no sentido de saber o que o povo dizia sobre a sua pessoa e esta mesma pergunta foi dirigida aos discípulos. Tudo mostra o quanto Jesus se importava em saber o que as pessoas pensavam em relação a Ele, até hoje Ele continua ansiando saber o que achamos Dele e o que pensamos sobre sua obra realizada na cruz do calvário, o que significa a morte Dele para sua vida?

      A sagrada escritura nos ensina e nos alerta que somente por meio Dele, vivendo em seu caminho, praticando ato em uma vida reta e Ele é o único meio pelo qual todos os homens se chegarão a Deus Pai, Cristo é o caminho, “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6), e em outras palavras "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12), somente seremos salvos através de Jesus, Ele é o caminho reto, a verdade que nos liberta, o ser que enche nossa vida de abundancia e é a nossa salvação.

     Voltando ao texto inicial da liturgia de hoje vemos que o Senhor indagou aos seus discípulos “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” (Mateus 16.13), eles o responderam: alguns do povo acham que o Senhor é João Batista, outros que és Elias, outros que é Jeremias ou algum outro profeta do passado, nenhuma resposta do povo coincidiu com a pessoa de Cristo, parecia que o Senhor não estava satisfeito com as respostas que ouviu, então virou para os discípulos e disse-lhe: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16.15), talvez o espanto se apoderou de alguns ao ouvir esta pergunta, parecia que o silencio ia invadir ali por algum instante, mas nada disso ocorreu, pois de imediato Simão Pedro responde-o: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16b), essa resposta não poderia ter vindo de Pedro apenas, ou seja, a sua mente jamais seria capaz de trazer repentina resposta, então o próprio Jesus revela aos discípulos que foi o Pai que revelou isso a Simão Pedro.

      A revelação Divina a Pedro nos dar entender que Deus continua hoje também revelando a sua igreja através do seu espírito santo todas as coisas, mais é tão perfeita a revelação dada ao discípulo Pedro, parecia simples resposta, mas nesta simples há a maior revelação acerca de Jesus que se resume em o Messias que Israel esperava, o Messias que resgataria todo o povo para Deus, esse Messias é o Filho de Deus; Ele que resgataria toda nação e povos para o Pai, não há prova maior do amor do Pai para humanidade, pois a sua palavra diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16), o Pai possui amor incondicional por toda criatura que criou, que pensou num meio de salvar a todos, de uma forma que aproximaria cada um de nós a Ele, Jesus se tornou o caminho que nos leva ao Pai, a porta estreita que ao entramos por ela estamos mais próximo do Senhor caminhando rumo a eternidade, Cristo é o Messias que resgatou-nos para o Pai.

     A liturgia de hoje nos convida a meditar, refletir em cada obra realizada por Jesus, no imenso amor do Pai por nós, pela devoção de fidelidade do Filho ao Pai e a cada um de nós, pois Cristo também nos ama e deseja que sejamos salvos e restaurados. Reflita sobre esse grande amor que Ele nutre por você, viva uma vida mais reta em sua presença, experimente em seu ser a maravilha de ter Cristo em seu coração.

  (Mateus 16.13-19) Evangelho do dia 3 de Julho de 2011